Monday, February 11, 2013

CHEVETTE NAS CORRIDAS


CHEVETTE: O COMEÇO E A PRIMEIRA VITÓRIA
Por Carlos de Paula

Em 1973 a Classe A da Divisão 3 era completamente dominada pelo Fusca, entre outras coisas por que não existiam concorrentes naquele classe. Que fazer, não havia nenhum outro carro produzido no Brasil daquela época, que não fosse o Fusca, com menos de 2 litros de capacidade. Como mudam os tempos.

Bem, o Chevette fora lançado pela General Motors em 1973, com bastante estardalhaço, finalmente um carro para concorrer com o Fusca dentro e fora das pistas, e ainda por cima, com concepção e mecânica modernas. Isto tudo na teoria, obviamente.

O grande problema com teorias é que elas são freqüentemente provadas erradas. Convenhamos, preparar e inscrever Chevettes na corrida de Divisão 3 de 22 de julho, alguns meses após o lançamento do carro, foi um pouco precipitado. E não só um, mas dois Chevettes foram inscritos naquela corrida.

Um deles, inscrito pela Equipe Eletroradiobraz, que também preparava o carro de Pedro Victor de Lamare, papão das corridas turismo da época. O outro, inscrito por Newton Pereira, da Equipe VXP-Vicsa. Newton era um dos pilotos mais entusiasmados do automobilismo da época. Participava das corridas de Divisão, 4, na Fórmula Ford, na emergente Divisão 1, e resolvera entrar na Divisão 3. De fato, em 1973 participou de 20 corridas de campeonatos brasileiros, número notável, se considerarmos que foram realizadas ao todo 22!

Pouco se fez nos carros. Taxa de compressão aumentada, pneus de competição de tala larga, radiador de óleo, dois carburadores duplos, cabeçote polido e coletor de escapamento de competição. Os resultados não foram dos melhores. Newton marcou somente 4m01,163s, e alinharia na 35a. posição, ao passo que Jayme Levy nem marcou tempo. Largaria só porque havia 5 carros sem a mínima condição de participar.
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Na corrida, nada de especial. Newton Pereira conseguiu fazer 13 das dezoito voltas, e foi classificado 13o. na classe A. Era um começo e palmas aos dois pioneiros, que se danem os supersticiosos. No fim do ano, o Chevette de Newton já estava mais competitivo, terminando a última corrida em terceiro lugar na classe, ao passo que Jayme, a Eletroradiobraz e seu Chevette desapareceram depois de 1973.

Tarumã, 1975. 31 de agosto. Era a quinta e penúltima etapa do campeonato Brasileiro de Divisão 3. Os dias de grids cheios na Divisão 3 se foram. Na realidade, até mesmo preparar um Fusca na categoria ficava mais caro do que preparar um Fórmula Super-Vê, que tinha cobertura televisiva e na mídia impressa, forte apoio da VW e o glamour dos monopostos. Para que jogar dinheiro fora? Mas ainda havia um número razoável de carros na classe A e muitos eram competitivos para fazer um bom espetáculo: Amadeo Campos, Vital Machado, Vitor Motin, Arturo Fernandes, Jose Fusetti, Mauricio Rosemberg, Álvaro Torres Jr, Voltaire Moog, todos eles alinhavam Fuscas. Entre estes, havia dois Chevettes, um do gaúcho Ronaldo Ely, e o outro do paranaense Edson Graczyck.

Graczyk fazia parte de uma equipe chamada Bamerindus, patrocinada por este banco paranaense, cuja participação no Campeonato Brasileiro de Divisão 1 era destacada. A equipe se especializava em veículos Chevrolet, portanto, corria com Opala na Divisão 1, e Opala e Chevette na Divisão 3. Nessa corrida, Carlos Eduardo Andrade corria com o Opala da equipe na classe C.

A corrida poderia ter decidido os dois títulos, mas a decisão acabou adiada para Interlagos. Amadeo Campos e Vital Machado correram bem, mas não chegaram perto da vitória da Classe A em Tarumã. De fato, a coisa ficou entre Vitor Motin e Edson Graczyk. O primeiro, provavelmente influenciado pelo próprio nome, que sugeria vitória, não acreditou que o Chevette tivesse condições de chegar na sua frente, ou então esperava que Graczyk, conhecido pelo arrojo da sua pilotagem, fizesse um erro e abandonasse. No fim das contas, o Chevette prevaleceu e ganhou a sua primeira vitória na Divisão 3, assim como a primeira vitória de um piloto paranaense na categoria. Notável foi o fato de Graczyk ter chegado na frente de todos os Opalas na prova, com quase o triplo de cilindrada, só ficando atrás doMaverick de Paulo Gomes, este sim, impossível de bater.

Infelizmente, os dias da Divisão 3 estavam contados, e só foi realizado mais um campeonato da categoria, na forma em que era disputado com mais de uma classe, em 1976. Neste, Ronaldo Ely, brilhou com um Chevette na Classe A, mas com a chegada dos Passat na futura Hot Cars, o Chevette foi caindo em desuso.

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